No Grande Prêmio da Grã-Bretanha 2023, a Ducati surpreendeu o paddock com a colocação do que foi chamado de sua asa traseira ‘Stegosaurus’, que era composta por várias tiras verticais saindo da parte de trás do assento.
A ideia de introduzir um spoiler naquele local da moto foi introduzida no início do ano pela Aprilia, que testou uma asa que lembra um carro, mas arquivou a ideia porque o resto do grid seguiu a liderança da Ducati nas corridas finais de 2022 e o teste de pós-temporada de Valência.
A Yamaha tentou as asas traseiras em Valência em novembro do ano passado, mas foi rapidamente descartada pelo campeão mundial de 2021 Fabio Quartararo, com a marca japonesa sendo a única fabricante a não ter nenhum pacote aerodinâmico traseiro em sua moto no teste de Sepang do mês passado.
No entanto, para o teste deste fim de semana em Portugal, a Yamaha trouxe duas novas atualizações aerodinâmicas para experimentar: um design ‘Stegosaurus’ e um novo conceito de estilo F1.
“Temos dois projetos prontos para testar, mas no momento não tivemos a chance e veremos se durante esses dois dias de testes em Portimão podemos fazê-lo”, disse Massimo Meregalli ao Autosport na sexta-feira em Portugal.
Com a asa estilo F1, a Yamaha busca alcançar algo diferente da oferta de inovação da Ducati, que é fazer a moto virar um pouco mais do que melhorar a estabilidade de frenagem.
“Temos duas peças aqui para testar, mas só temos dois dias de testes, então não sei se vamos ter tempo. Essa asa não faz parte do pacote a ser homologado, então podemos deixar para mais tarde”, concede Meregalli, antes de reconhecer que a nova peça “é realmente diferente do que foi visto até agora” da Yamaha.
Para a Yamaha neste momento a cauda do M1 não é a sua principal preocupação no que diz respeito à aerodinâmica, uma vez que ainda não finalizou o conceito dianteiro com o qual irá competir – cujo primeiro design deve ser homologado antes da primeira ronda da temporada.
“Durante estes dois dias temos de tomar uma decisão importante com a carenagem. Após o teste de Sepang os nossos pilotos decidiram adiar a decisão para Portimão,” acrescentou Meregalli.
“Eles trabalharam muito na fábrica neste inverno, nunca em todos os meus anos na Yamaha vi algo assim, uma quantidade enorme de peças para testar. Tínhamos várias carenagens, com uma parte central diferente, e devemos fazer um decisão antes do final do teste para poder homologá-lo.”
Além da parte aerodinâmica, a Yamaha está preocupada com o desempenho da M1 em volta única, que Quartararo chamou de “um pesadelo” em Sepang no mês passado.
“Em Sepang, o ritmo foi bom, mas não tanto no contra-relógio, por isso temos de trabalhar nessa área, tanto o Fabio como o Frankie [ Franco Morbidelli ] devem ser capazes de rodar, fazer alguns trechos longos”, observou Meregalli.
“Em Sepang havia tantas coisas para testar que não conseguimos fazer mais de três voltas seguidas e Fabio não gosta disso, ele prefere não tocar muito na moto durante um fim de semana de corrida.”
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